segunda-feira, 21 de março de 2011

RECEITAS DO REFÚGIO: MANDIOCA NA MIMOSA....

Bergamotas


Depois de muito prometer, aqui está a receita do aipim com molho de bergamotas. Pode parecer estranho, mas se vocês experimentarem vão concordar que é uma delícia.
Este prato nasceu de um comentário que escutei do amigo e professor, Rogério da Silva Filho. Quando ele falou logo pensei como é que seria o sabor desta combinação. Mas o fato é que ele não preparou o prato, nem deu detalhes da receita. Ficou apenas na minha imaginação.
Para mim, cozinhar é um ato de atrevimento, pois não uso receitas. Chamo isso de espontaneidade culinária. Uma prato nunca vai ser igual ao outro. Podem ser variações sobre um mesmo tema. Mas nesse caso específico, vou me atrever a detalhar como foi que preparei o molho de bergamotas (sim, pois aipim não precisa de receita !) 
Aqui vão as 'dicas'...

INGREDIENTES PARA O MOLHO:
  • Bergamota (de preferência, montenegrina) - 1 Kg
  • Vinagre balsâmico - 1 Colher de sopa
  • Pimenta do reino - 1 Colher de chá
MODO DE PREPARO:
Aipim cozido
  1. Descascar as bergamotas,
  2. Tirar as sementes dos gomos,
  3. Passar no liquidificador (rapidamente, para criar a massa),
  4. Colocar numa panela,
  5. Reduzir (até virar um creme, quase no ponto de um doce),
  6. Tempere com o vinagre balsâmico,
  7. Mexa até ficar homogêneo,
  8. Adicione a pimenta do reino,
  9. Mexa + um pouco.
Está pronto... Coloque agora sobre o 'aipim' cozido e desfrute deste prato único.
Ah, e já ia esquecendo que o nome da receita vem da originalidade do curitibano Mário Apollo Frolich. Para quem não sabe, para o pessoal de Curitiba, bergamota se chama 'mimosa' :)

sábado, 5 de março de 2011

AMIGOS PARA SEMPRE...

THOR VAN LANGENWALD

Não sei bem por onde começar, mas o fato é que este amigo transcendeu... Foram quase sete anos de convivência. Mas nada é por acaso. Ele veio para celebrar a vida e me mostrar como é simples desfrutar.
Alegre, saltitante, parceiro de viagens, esse mestiço de dálmata e rotweiller se chamava Thor. Mas por ele gostar muito de estar no Morro Reuter, nesse lugar às margens da Estrada do Mato Comprido, seu nome foi estendido, e carinhosamente batizado de 'Van Langenwald': Thor, do Mato Comprido.
Pois ele está descansando nesse lugar. Foi sua última viagem, no porta-malas, o lugar que ele mais gostava. Bastava abrir a porta e ele já pulava.


PRONTO PARA VIAJAR :)


Despedidas nunca foram meu forte. Uma parte minha sempre se entristece  na hora de partir. Me sinto 'partido', sem referência e, desde pequeno, mesmo com os passarinhos, esse sentimento me fisgava.
Mas esse cãozinho, último filhote de uma ninhada de nove, foi o único a sobreviver. Todos os demais logo vieram a morrer, por haver nascido com babésia (doença transmitida pelo carrapato). Além disso, tinha um mega-esôfago, o que o acometia de espasmos e vômitos, pela má digestão. Ultimamente estava comendo menos, pela dificuldade de digestão e sucessivos vômitos. Entre uma ida e outra até o veterinário, ele chegou até aqui.
Sábado, de madrugada, ele adormeceu...  E eu aqui estou, me despedindo.
Não recordo de haver chorado tanto, nem na morte de meu pai. O fato é que Thor deixou laços de amizade, de carinho e alegria. Ele era a alegria do jardim. Confesso que cortar grama sem ele estar pela volta vai ser um processo vivencial, pois não sei como vai ser a experiência, apenas sei que tenho que atravessá-la. E é justo aí que reside a aprendizagem.
Se eu pudesse dizer a ele algo nesse momento é 'obrigado' por haver estado entre a gente :)

THOR COM SEU AMIGO OLIVER :)