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THOR VAN LANGENWALD |
Não sei bem por onde começar, mas o fato é que este amigo transcendeu... Foram quase sete anos de convivência. Mas nada é por acaso. Ele veio para celebrar a vida e me mostrar como é simples desfrutar.
Alegre, saltitante, parceiro de viagens, esse mestiço de dálmata e rotweiller se chamava Thor. Mas por ele gostar muito de estar no Morro Reuter, nesse lugar às margens da Estrada do Mato Comprido, seu nome foi estendido, e carinhosamente batizado de 'Van Langenwald': Thor, do Mato Comprido.
Pois ele está descansando nesse lugar. Foi sua última viagem, no porta-malas, o lugar que ele mais gostava. Bastava abrir a porta e ele já pulava.
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PRONTO PARA VIAJAR :) |
Despedidas nunca foram meu forte. Uma parte minha sempre se entristece na hora de partir. Me sinto 'partido', sem referência e, desde pequeno, mesmo com os passarinhos, esse sentimento me fisgava.
Mas esse cãozinho, último filhote de uma ninhada de nove, foi o único a sobreviver. Todos os demais logo vieram a morrer, por haver nascido com babésia (doença transmitida pelo carrapato). Além disso, tinha um mega-esôfago, o que o acometia de espasmos e vômitos, pela má digestão. Ultimamente estava comendo menos, pela dificuldade de digestão e sucessivos vômitos. Entre uma ida e outra até o veterinário, ele chegou até aqui.
Sábado, de madrugada, ele adormeceu... E eu aqui estou, me despedindo.
Não recordo de haver chorado tanto, nem na morte de meu pai. O fato é que Thor deixou laços de amizade, de carinho e alegria. Ele era a alegria do jardim. Confesso que cortar grama sem ele estar pela volta vai ser um processo vivencial, pois não sei como vai ser a experiência, apenas sei que tenho que atravessá-la. E é justo aí que reside a aprendizagem.
Se eu pudesse dizer a ele algo nesse momento é 'obrigado' por haver estado entre a gente :)
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THOR COM SEU AMIGO OLIVER :) |