segunda-feira, 18 de maio de 2009

MEU AMIGO ANTÁRTICO...


Quero contar para vocês que eu tenho um amigo 'antártico'. O nome dele é Henrique Vedana.

Pois então, conheci esse cara pela internet. Achava que ele era italiano, que morava na Dinamarca, e no fim descobri que ele era gaúcho. Posso dizer que haver conhecido o Henrique foi uma oportunidade única, pois além de termos muitas coisas em comum, a presença dele foi um refresco para minha alma. Sua energia e inquietude, típicas de um bom sagitariano, são contagiantes, e despertaram em mim o melhor de meu ser ecológico e amante da natureza.


Palestra no Espaço Brasas-STB, em Porto Alegre.


Na semana passada, sabendo da passagem dele por Porto Alegre, fui assistir uma palestra sua sobre a experiência na Antártica, que durou duas semanas, com o propósito de conhecer um estudo sobre energias alternativas ao petróleo (http://www.expedition-antarctic-2009.com/). Rodeado de amigos e gente interessada em suas histórias, mal tivemos tempo para conversar. Foi então que decidimos nos encontrar hoje, para juntos visitarmos o C.A.V.-Refúgio dos Esquilos, aqui no Morro Reuter. Junto com ele veio também uma amiga especial, a Camila Schinestisck, bióloga, de Pelotas, que hoje está em Porto Alegre, fazendo um mestrado em ecologia.



Além de conversarmos um monte, fizemos um risoto de pinhão no fogão à lenha. Estava delicioso passar o dia com esses novos amigos.

Almoço no Refúgio.

Como acredito que nada ocorre por acaso, tenho certeza de que ainda vamos nos encontrar mais vezes. Com o Henrique, já temos até um projeto juntos. Mais tarde conto mais a respeito do 'GET WILD - Uma Busca na Natureza'. E com a Camila, vamos preparar um plano de manejo da vegetação do refúgio. Aos dois, Namastê!

Na trilha da represa.

E para vocês que me acompanham, um abraço serelepe, do esquilo do refúgio!

:)

domingo, 10 de maio de 2009

OFICINA DE TELHADOS VERDES

VERDE QUE TE QUERO VERDE...



Se para aprender há de se colocar a mão na massa, foi o que fizemos no dia 14 de abril, lá no Morro Reuter, no Refúgio dos Esquilos.

Aproveitando o interesse do diretor do Centro de Cultura de São Leopoldo, Jari Maurício da Rocha, um grupo de interessados no tema, professores, educadores, arquitetos e amigos, todos tiveram a oportunidade de ver de perto como se constrói um telhado verde (e vivo).


Para compartilhar um pouco do seu conhecimento, foi convidado o paisagista e agrônomo Toni Backes (www.tonibackes.com.br), que com seu carinho e habilidade natural, trouxe exemplos de aplicação da técnica.

Depois de um bom chimarrão, e um passeio pelos arredores, fomos para a aula com o Toni. Mais tarde, tivemos um almoço campeiro, com direito a fogo de chão, grelha e disco de arado. Esse foi um momento de descontração e troca entre os convidados.


Na parte da tarde, fomos de enxadas e pás, para a atividade prática, que consistia em trocar a lona de um telhado existente. Isto foi oportuno, pois assim pode-se desmontar e remontar um telhado, vendo quais são os passos e cuidados necessários. Todos deram sua contribuição, e ao final, celebramos a conclusão da empreitada.

Os próximos passos são o plantio de espécies próprias para telhados vivos e ordenação dos elementos de paisagismo, como pedras, caminho de tocos, fonte d’água. E claro, mais um encontro para dar o trabalho como completo.


Aos amigos que participaram desse encontro, em nome dos 'esquilos' do refúgio, fica registrado o agradecimento pela presença e oportunidade de troca. E aos amigos mirins também que deram sua participação!


Um grande abraço, com muito carinho a todos, e até o próximo encontro.

:)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

NATUREZA COTIDIANA


Observar é a chave.

Aprendi com a fotografia que as imagens mais impressionantes vinham das coisas mais simples. E sempre me perguntava: como capturar a simplicidade das coisas?

A resposta veio com o tempo, mas a prática da observação tem sido um exercício constante.

Hoje pela manhã, da janela do quarto, avistei três pássaros, ou quero-queros, que voltaram para nidificar. Como já os conheço do ano passado, sei que são um macho, uma fêmea (um casal) e um filhote, que sobreviveu, e que agora está adulto. Basta saber se é um macho, ou uma fêmea.

Da janela, tenho participado da vida deles. Recordo dos filhotes que foram mortos no ano passado, por crianças levadas e inconscientes (sim, eu também fui levado!). Lembro também dos ataques de felinos urbanos, ou gatos. Não vi, mas sei que os gaviões são vorazes predadores dos pintinhos, e que certamente arrebataram alguns. Mas o que conta é que hoje avistei um filhote adulto, na companhia dos pais.

Por um momento pensei: que legal, eles estão juntos, e logo vão nidificar. E me dei conta, que o local onde eles ficam e fazem seus ninhos, agora está cercado (uma futura construção?). Não importa, eles estão de volta e toda manhã eu vou à janela para vê-los. E isto me alegra, e alegra meu dia.

Ao final, poder acompanhar estes mascotes me traz os mais profundos sentimentos, de ser-humano, observador e amante das coisas, não só de bichos e coisas, mas de natureza humana também. Digo isto porque, depois de ver a família de quero-queros junta, algo despertou, em mim, o amor que tenho guardado, mas nem sempre compartilho. Antes de sair de casa fui até minha mulher e dei nela um bom abraço. E logo disse: eu te amo muito.

Em resumo, observar a natureza permite manter-me conectado com o meu melhor. E quem me conhece sabe que para eu estar bem, preciso estar em contato com bosques, matas ou jardins. Essa é minha sala de aulas. É onde eu aprendo de verdade, simplesmente observando.

E você tem observado o quê?


:)