sábado, 5 de março de 2011

AMIGOS PARA SEMPRE...

THOR VAN LANGENWALD

Não sei bem por onde começar, mas o fato é que este amigo transcendeu... Foram quase sete anos de convivência. Mas nada é por acaso. Ele veio para celebrar a vida e me mostrar como é simples desfrutar.
Alegre, saltitante, parceiro de viagens, esse mestiço de dálmata e rotweiller se chamava Thor. Mas por ele gostar muito de estar no Morro Reuter, nesse lugar às margens da Estrada do Mato Comprido, seu nome foi estendido, e carinhosamente batizado de 'Van Langenwald': Thor, do Mato Comprido.
Pois ele está descansando nesse lugar. Foi sua última viagem, no porta-malas, o lugar que ele mais gostava. Bastava abrir a porta e ele já pulava.


PRONTO PARA VIAJAR :)


Despedidas nunca foram meu forte. Uma parte minha sempre se entristece  na hora de partir. Me sinto 'partido', sem referência e, desde pequeno, mesmo com os passarinhos, esse sentimento me fisgava.
Mas esse cãozinho, último filhote de uma ninhada de nove, foi o único a sobreviver. Todos os demais logo vieram a morrer, por haver nascido com babésia (doença transmitida pelo carrapato). Além disso, tinha um mega-esôfago, o que o acometia de espasmos e vômitos, pela má digestão. Ultimamente estava comendo menos, pela dificuldade de digestão e sucessivos vômitos. Entre uma ida e outra até o veterinário, ele chegou até aqui.
Sábado, de madrugada, ele adormeceu...  E eu aqui estou, me despedindo.
Não recordo de haver chorado tanto, nem na morte de meu pai. O fato é que Thor deixou laços de amizade, de carinho e alegria. Ele era a alegria do jardim. Confesso que cortar grama sem ele estar pela volta vai ser um processo vivencial, pois não sei como vai ser a experiência, apenas sei que tenho que atravessá-la. E é justo aí que reside a aprendizagem.
Se eu pudesse dizer a ele algo nesse momento é 'obrigado' por haver estado entre a gente :)

THOR COM SEU AMIGO OLIVER :)

2 comentários:

  1. Oi Marcelo. Acabo de ler tua despedida.Também choro e compartilho contigo tua dor.Sei que nesses momentos somos egoístas, pois ficamos a pensar na falta que sentiremos por não enxergarmos mais esses nossos amigos tão queridos.Nos esquecemos, no entanto de que somos seres iguais na essência:energia! E que essa se busca, esteja onde estiver. Aqui ou em outra dimensão podemos contar com a proximidade desses nossos amigos peludos.
    Um abraço carinhoso,
    sou a Veronica do Insight 2008-POA.

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  2. Oi Veronica :) Sim, o ego é quem mais se ressente. É aquela parte que volta a sentir e se machuca. Estes dias têm sido de muita reflexão em torno do cuidado para com os demais, para com as coisas e a vida em si. O cuidado dispensado no trato das relações (com pessoas ou animais). Eu não tinha idéia da profundidade dessa reflexão e do quanto esta relação permeava meu cotidiano. É tão fácil eu perder o foco amoroso e deixar de lado o simples e apenas na 'falta de' é que eu vou parar e refletir. Esse momento me pegou no contra-pé, e agora me coloca de joelhos, a refletir. A pergunta que fica é: O QUE É QUE EU TENHO PARA APRENDER COM ISTO? Como a gente aprendeu no Insight: 'Use tudo para aprender, crescer e avançar'. Pois, está sendo assim no seminário da vida :) Um abraço, com carinho, Marcello.

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